Profissões do Futuro: Engenheiro de Mobilidade Urbana

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Profissões do Futuro: Engenharia de Mobilidade Urbana

Engarrafamentos, poluição, falta de acessibilidade, falta de segurança. Esses são alguns dos desafios que uma cidade enfrenta. E como acabar com isso? É possível? Dá para minimizar? Diante desse cenário, o engenheiro de mobilidade urbana surge para fazer a diferença e encontrar soluções inteligentes para tais problemas. 

De fato, o desenvolvimento urbano acelerado das últimas décadas trouxe uma série de desafios, especialmente no que diz respeito à mobilidade. Mas existe uma luz no fim do túnel e neste artigo vamos mostrar um pouco sobre o trabalho do engenheiro de mobilidade urbana, suas responsabilidades, mercado de trabalho, salário e muito mais. Acompanhe!

Para começar o nosso guia da profissão, é importante entender o que afinal de contas é um engenheiro de mobilidade urbana. De maneira breve e didática, este é aquele profissional responsável por planejar, projetar e implementar soluções para otimizar o transporte e a circulação nas cidades. 

Assim, a sua atuação vai desde a concepção de novas infraestruturas, até a gestão de sistemas de transporte público e privado, passando pela integração de tecnologias, bem como pela análise de dados para a tomada de decisões. 

Certamente, no colégio você estudou muito sobre êxodo rural, metrópoles, conurbação e demais assuntos sobre o crescimento nas cidades, não é mesmo? Imagine a bagunça que seria se não houvesse profissionais especializados para lidar com tudo isso! Então, é aí que entram as atividades do engenheiro de mobilidade urbana para minimizar as dificuldades. 

Vem descobrir as principais responsabilidades do profissional da área.

Bom, uma das primeiras atividades do profissional está no planejamento de cidades e regiões. Esses engenheiros trabalham em estreita colaboração com urbanistas, arquitetos e autoridades governamentais. Essa colaboração se dá pois o seu conhecimento é fundamental na elaboração de planos diretores de mobilidade para organizar o crescimento urbano de forma sustentável. 

Além disso, o engenheiro de mobilidade urbana participa da definição de políticas públicas relacionadas ao transporte e da identificação de áreas prioritárias para intervenções e investimentos em infraestrutura.

Mais uma importante responsabilidade do engenheiro de mobilidade urbana é o projeto e a concepção de infraestruturas de transporte, tais como:

  • Vias;
  • Calçadas;
  • Ciclovias;
  • Pontes;
  • Túneis;
  • Sistemas viários.

Para desenvolvê-los, os engenheiros levam em consideração tanto a demanda atual por transporte, como as tendências futuras e os princípios de acessibilidade, segurança e responsabilidade. 

Já a gestão de tráfego é a parte essencial para garantir a fluidez e a segurança do transporte urbano. Nesse sentido, o engenheiro de mobilidade urbana usa as ferramentas e tecnologias avançadas para monitorar e controlar o fluxo de veículos, pedestres e ciclistas nas vias públicas.

Daí vem a implantação dos sistemas inteligentes de controle de tráfego que conhecemos hoje, como os semáforos sincronizados, câmeras de monitoramento, sensores de tráfego e sistemas de comunicação veículo-infraestrutura. 

Quem faz o planejamento de operações e gestão de sistemas de transporte coletivos — como ônibus, metrôs e trens — também é o engenheiro de mobilidade urbana. Em linhas gerais, o profissional tem a responsabilidade de incluir a definição de rotas, horários e tarifas, bem como avaliar a demanda e a implementação de melhorias. 

Atualmente, a sustentabilidade é uma das maiores preocupações no mundo e no ramo da engenharia urbana não seria diferente. Assim, os profissionais buscam arduamente formas de reduzir o impacto ambiental e promover um estilo de vida mais saudável e sustentável

Dentre as práticas, estão o incentivo do ciclismo e caminhada, desenvolvimento de sistemas de transporte público elétrico e criação de infraestruturas adequadas, como ciclovias, calçadas acessíveis e estação de recarga para veículos elétricos. 

A análise de dados faz parte de uma etapa muito importante na tomada de decisões em mobilidade urbana. Para isso, o engenheiro de mobilidade urbana usa técnicas avançadas de coleta, processamento e análise de dados para entender mais sobre o comportamento dos usuários. Assim, é possível identificar os padrões de tráfego e avaliar o desempenho dos sistemas de transporte. 

A primeira porta de entrada para a profissão é a graduação em engenharia da mobilidade, que é a área de estudo dos sistemas e soluções para a mobilidade urbana. Hoje, o curso tem o título de bacharel e dura em média 10 semestres. Também existe a possibilidade de atualização profissional para os engenheiros de outras áreas por meio da pós-graduação em engenharia da mobilidade. 

Além disso, o profissional precisa sempre se manter atualizado sobre as novas tecnologias e tendências relacionadas à mobilidade urbana, como veículos autônomos, compartilhamento de bicicletas e carros elétricos, bem como desenvolver habilidades em análise de dados e modelagem de sistemas de transporte.

Caso deseje entrar nesta área, o mercado de trabalho é muito promissor e não é à toa que esta é considerada uma profissão do futuro. A necessidade por mudanças efetivas na modalidade urbana demonstram isso. Empresas privadas, órgãos governamentais e consultorias de engenharia, atualmente, são os principais empregadores.

As oportunidades de trabalho também estão presentes em diversos contextos, desde grandes metrópoles até cidades de médio porte e abrangem tanto o setor público, quanto o privado. 

De antemão, vale sempre lembrar que os salários de um engenheiro de mobilidade urbana variam de acordo com o nível de experiência do profissional e tipo de empregador. 

No entanto, em geral, o engenheiro de mobilidade urbana tende a ter uma remuneração atrativa em áreas mais desenvolvidas. Conforme os dados do mercado de trabalho divulgados pela Glassdoor, o salário médio varia entre R$4.000,00 e R$6.000,00, podendo chegar até R$14.000,00 em empresas de grande porte. 

Um dos primeiros motivos pelos quais o engenheiro de mobilidade urbana é considerado uma profissão do futuro está relacionado com o crescimento das cidades. Afinal, com o contínuo aumento da população e a grande concentração de pessoas nas áreas urbanas, a demanda por soluções de mobilidade eficiente só tende a expandir. 

O segundo ponto está relacionado com a tecnologia e inovação, uma vez que esse avanço possibilita o desenvolvimento de soluções mais inteligentes e integradas para os desafios de mobilidade urbana, como os sistemas de transporte público automatizado, aplicativos de mobilidade compartilhada e veículos elétricos. 

Assim, uma mobilidade urbana eficiente e acessível contribui para a melhoria na qualidade de vida da população, pois, facilita o acesso ao trabalho, educação, saúde, lazer e outros serviços essenciais. Além disso, também auxilia a reduzir as emissões de poluentes e minimizar os impactos ambientais.

Resumidamente, a profissão do engenheiro de mobilidade urbana está diretamente relacionada com a construção de cidades mais sustentáveis, acessíveis e eficientes. Por meio de suas habilidades técnicas, visão estratégica e compromisso com o bem-estar da sociedade, esses profissionais têm o potencial de transformar o futuro das cidades e criar ambientes mais humanos, inclusivos e sustentáveis. 

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